A ANGÚSTIA EXISTENCIAL COMO DISPOSIÇÃO AFETIVA FUNDAMENTAL PARA A PRÁTICA PSICOTERÁPICA

Autores

  • Guilherme Mareca de Oliveira Universidade do Estado de Minas Gerais/ Unidade Acadêmica de Divinópolis.
  • Juliana Nunes de Barros Universidade Estadual de Minas Gerais/Unidade Acadêmica de Divinópolis.
  • Marcelo Rufino Ferreira Universidade Estadual de Minas Gerais/Unidade Acadêmica de Divinópolis
  • Mardem Leandro Silva Universidade Estadual de Minas Gerais/Unidade Acadêmica de Divinópolis

Palavras-chave:

Angústia; Heidegger; Verdade; Ser-aí; Psicoterapia.

Resumo

A angústia é um conceito fundamental na clínica fenomenológica-existencial. Essa disposição afetiva tem na obra de Martin Heidegger um privilégio em relação às outras disposições, uma vez que ela, em seu caráter ontológico, é o motor da existência humana. O presente artigo se propôs a compreender a angústia como reveladora da verdade do Ser-aí no processo psicoterapêutico, com base nas contribuições do filósofo Heidegger e seus comentadores, sobretudo expoentes da psicologia fenomenológica-existencial. Perguntas como “Qual a verdade do Ser-aí?” e “O que a angústia revela dessa verdade?”, nortearam a construção desta obra. O estudo se caracteriza enquanto pesquisa qualitativa, cuja metodologia é a pesquisa bibliográfica. Os resultados apontaram que a angústia revela a verdade do Ser-aí. O que chamamos de verdade é a essência deste ente: ter de ser. Ela aponta para seu caráter ontológico de abertura, para suas possibilidades, seu poder-ser mais próprio, liberdade e ao desvelamento do sentido do Ser. Por fim, a angústia ontológica, não restrita ao processo psicoterápico, movimenta o Ser-aí e revela possibilidades que por meio do cuidado torna possível a sua singularização. Dessa maneira, é essencial que o psicoterapeuta compreenda a angústia, facilitando ao paciente a apropriação e a responsabilização daquilo que ela revela.

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Publicado

2023-01-13

Edição

Seção

Artigos