MICRO-FENOMENOLOGIA DA SUBJETIVIDADE DO PSICOTERAPEUTA SISTÊMICO

Autores

  • Ángela Hernández Córdoba Doctora en Psicología de la Universite Catholique de Louvain (Bélgica)
  • Miguel Ángel Villamil Pineda Doctor en Filosofía de la Pontificia Universidad Javeriana (Colombia)

Palavras-chave:

Subjetividade, Terapia sistêmica, Micro-fenomenologia, Emoção em-ativa, Experiência

Resumo

A terapia psicológica sistêmica ocorre em um contexto relacional, onde as subjetividades das pessoas que consultam interagem. A pesquisa tradicional se concentrou mais nas características das pessoas que consultam do que na subjetividade do terapeuta. Portanto, as perspectivas da “terceira pessoa” foram privilegiadas. Os poucos estudos que investigam a subjetividade do terapeuta recorrem a metodologias introspectivas, interpretativas e prescritivas. Como acessar a subjetividade do terapeuta sob perspectivas diferentes daquelas oferecidas pela observação em “terceira pessoa” e introspecção em “primeira pessoa”? O objetivo do artigo é explorar, através do método micro-fenomenológico, como a subjetividade do terapeuta é mostrada na primeira impressão de um consultor. Para isso, foram realizadas entrevistas com seis terapeutas. Os resultados mostram que a emocionalidade em-ativa aparece como um invariante da subjetividade do terapeuta; e que esse invariante opera como uma “motivação inteligente”, que entra em “ação” no curso da própria relação intersubjetiva e monitora e guia permanentemente o processo terapêutico. Os resultados permitem considerar, por um lado, que a pesquisa tradicional subvalorizou a importância das emoções em-ativas no processo terapêutico; e, por outro lado, que a melhoria qualitativa da terapia implica não apenas reconhecer esse invariável, mas também cultivá-lo.

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Publicado

2023-01-14

Edição

Seção

Artigos