O CRISTIANISMO E A CONVERSÃO DE PAULO SOB O OLHAR DA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL GUSTAV JUNG

Autores

  • Renato Kirchner Universidade São Francisco (USF-São Paulo)
  • Edilza Rodrigues Campelo da Silva Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Palavras-chave:

Cristianismo. Apóstolo Paulo. Psicologia Analítica. Carl Jung.

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar uma leitura do cristianismo e da conversão do Apóstolo Paulo sob o olhar da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung (1875-1961). A religião, a experiência religiosa e a relação destas com os símbolos arquetípicos do inconsciente coletivo destacam-se na obra de Jung. A importância que o autor atribui às diversas formas de religião e aos seus símbolos está em estreita ligação com a apropriação do indivíduo a partir do tipo e a função psíquica envolvida. Em sua concepção, o ponto de vista religioso representa sempre a atitude psicológica e seus preconceitos específicos. Jung considera que o estilo predominante no homem ocidental é a extroversão e, no caso do cristão, também é extrovertido em sua atitude religiosa. Apesar disso, ele consegue lidar e conferir expressão à psique e suas exigências ao apropriar-se dos símbolos, ritos e dogmas encontrados nas instituições religiosas. Assim, apresentaremos uma compreensão do cristianismo e os seus principais símbolos: Cristo e a Cruz, e a relação destes com a experiência arquetípica do inconsciente coletivo, ou seja, a experiência do numinoso. Para tanto, nos apropriaremos da experiência religiosa ou experiência numinosa do Apóstolo Paulo. Tal experiência o conduziu à uma nova compreensão ou um novo estado de consciência que culminou no processo de individuação. Desse modo, esse artigo pretende mostrar que a Psicologia Analítica abre os olhos para a riqueza de sentido que se encontra nos símbolos, ritos, dogmas e na experiência religiosa.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

Artigos